No começo
da minha vida acadêmica, no curso de Ciências Contábeis me interessei por uma temática bastante singular: chamada Capital Intelectual. Do meu ponto de vista, esse elemento parecia ser o ativo mais valioso para determinadas organizações, me instigava a possibilidade de criar alguma forma de mensurar e entender melhor a dinâmica desse recurso intangível.
Com o tempo...
percebi a dificuldade e aridez no cenário de instrumentos e ferramentas para realizar tal empreitada.
Anos depois,migrei para a área de tecnologia, onde comecei a interagir com duas vertentes principais: lógica de programação e design de informação, desenvolvendo primeiro sites, depois apps e todos relacionados de algum modo com a forma de apresentação das informações.
Nesse decorrer, a mente humana sempre foi um tema cativante, instigante e me propiciou uma caminhada paralela e autodidata de conhecimento e expertises em psicologia e neurociências, percorrendo um caminho também espiritual, desde terapias holísticas à medicinas tradicionais de povos indígenas.
Foi um momento de despertar,sensibilização e vivência profunda do sentimento de empatia, que me possibilitou além de qualificar minhas relações interpessoais, viver melhor e absorver ainda mais códigos e informações relevantes para transitar com decência no complexo emaranhado social/informacional que vivemos agora.
Nem tudo são flores
Esse processo de reavaliar, re-conhecer e de se auto conhecer, traz à tona muitas coisas. E foram em vivências do tipo que fui me dando conta da minha dificuldade de atenção, foco e concentração e o quanto estas dificuldades criavam barreiras para que eu me desenvolvesse profissionalmente e como pessoa de um modo geral.
Mas curiosamente,
a minha válvula de escape veio através de um "hobby" dos tempos de escola. Rabiscar. Sim! Porque era difícil realizar coisas e projetos, sem prestar atenção plena nas coisas do mundo ao meu redor. Então, eu sempre estava lá: de cabeça baixa, nos eventos, formações, workshops (o loco do workshop). Foi assim meu ano de 2015. E fazendo desenhos as pessoas começaram a se aproximar dizendo que eu era um “artista”. Imagina... Eu, Contador, Analista de Sistemas!
Artista?
Oulala! As pessoas "viajam" às vezes. Pois bem, eu comecei a viajar com elas quando alguém me disse que aquilo se chamava colheita gráfica. Adorei esse nome. E talvez essa expressão traduzisse bem como eu me sentia: colhendo informações e gerando organização na minha cabeça, conhecimento e insights nesse processo.
Desde então, como que de um disparo de flecha: comecei a desenvolver esse trabalho de realizar facilitações gráficas em eventos e isso começou a tomar forma e proporções. Me descobri fazendo algo prazeroso e que me possibilita, além de trabalhar a minha dificuldade de atenção, aprender a olhar as coisas de outras formas e ângulos, reconsiderar perspectivas e posições diante das coisas, me comunicar melhor, entender melhor o posicionamento dos outros e muitas coisitas mais que eu poderia elencar aqui.
Lembra do lance do capital intelectual?
que comecei lá atrás estudando em contabilidade? Então, nunca cheguei a estruturar um método de mensuração do capital intelectual. No final das contas, me encontrei realizando o que chamo de "registro criativo do capital intelectual" através do processo de registro e facilitação gráfica. E esse registro:
É mensurável, palpável e acessível.
Hoje, me sinto feliz em entregar para o mundo um trabalho que acrescenta no dia-a-dia das pessoas e ajudar a facilitar a vida.
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